Conjuntivite: 18 dicas para se prevenir
Durante todo o mês de março, os belo-horizontinos conviveram com o receio de contrair conjuntivite. Os casos na capital aumentaram 33% em uma única semana, chegando também à Região Metropolitana. Na Clínica dos Olhos da Santa Casa, referência no estado, os atendimentos passaram de 30 a 40 por semana para cerca de 80 a 90. Nesses três primeiros meses, foram registrados 118 surtos em Minas Gerais, sendo 30 apenas em Divinópolis.
Os casos são tão comuns em nosso dia a dia que nos esquecemos de que atitudes simples podem prevenir a proliferação da doença. Antes de falar sobre elas, precisamos entender o que é a conjuntivite e como ela é transmitida.
Contágio
Existem três tipos de conjuntivite: viral, bacteriana e alérgica, sendo a primeira a mais comum. A transmissão ocorre apenas pelo contato com pessoas ou objetos contaminados. Apertos de mão, abraços e beijos em pessoas que apresentam os sintomas devem ser evitados. Da mesma forma, evite compartilhar utensílios cotidianos como copos, lenços, lápis, toalhas e até mesmo o corrimão do ônibus.
O maior perigo, porém, encontra-se no tempo de incubação. Ele ocorre de um a quatro dias, quando a pessoa já é portadora do vírus e ainda não apresenta os sintomas. Com isso, ela pode disseminar a doença para a família e amigos sem nem imaginar que está fazendo isso.
Um mito que muitos ainda carregam diz respeito à transmissão pelo ar. O vírus é bastante resistente fora do corpo, mas precisa de um meio físico para se deslocar. Então, para evitá-lo, basta ter cuidados extras com a higiene e evitar o contato com pessoas que não estejam completamente curadas.
Sintomas
A conjuntivite caracteriza-se pela vermelhidão nos olhos (hiperemia da conjuntiva), lacrimejamento constante, inchaço e vermelhidão nas pálpebras, secreção esbranquiçada em pouca quantidade e a sensação de areia nos olhos. Não tem cura, mas os sintomas começam a sumir até 15 dias após a contaminação.
Prevenção
Para evitar que a doença se espalhe ainda mais, reunimos 18 dicas para você se prevenir nos períodos de maior incidência:
- Nunca compartilhe itens de uso pessoal, como maquiagem, travesseiros, óculos e toalhas de mão/rosto;
- Quando tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca.
- Evite esfregar ou tocar os olhos após encostar-se em algum equipamento público;
- Nunca compartilhe lentes de contato com outra pessoa e suspenda o uso caso comece a apresentar os sintomas;
- Lave as mãos com frequência, especialmente quando passar mais tempo na escola ou em outros lugares públicos;
- Mantenha por perto um desinfetante manual – como álcool em gel – e use-o com frequência;
- Sempre limpe as superfícies com antissépticos apropriados;
- Se você sofre por alergias sazonais, pergunte ao seu médico o que pode ser feito para minimizar seus sintomas;
- Ao nadar, use óculos de proteção para evitar contato com bactérias e outros microrganismos na água;
- Ande com lenços de papel para secar ou limpar os olhos e jogue-os fora após o uso;
- Não reutilize os lenços contaminados;
- Não use maquiagem na região dos olhos enquanto eles ainda estiverem vermelhos ou irritados;
- Separe sua toalha de rosto e travesseiro – de preferência troque a fronha e a toalha todos os dias;
- Use apenas o medicamento indicado pelo seu médico e lave os olhos com água filtrada ou tratada;
- Faça compressas frias várias vezes por dia e lave o rosto e os olhos com água gelada sempre que possível;
- Em caso de baixa de visão, procure novamente seu oftalmologista;
- Para evitar reinfecção, não utilize a maquiagem ou lentes de contato que possa ter usado no período em que estava doente.
- Deixe o soro fisiológico dentro da geladeira e faça compressas geladas cinco minutos antes do uso da medicação.
Afastamento
A etapa mais crítica da conjuntivite viral dura cerca de sete dias, que é o tempo médio necessário para o corpo combater o vírus. Nesse período, é recomendado que se evite frequentar espaços com grande concentração de pessoas. Consultar um médico é fundamental, pois ele indicará o melhor tratamento.