Labirintite: conheça suas causas, sintomas e tratamento
Labirintite é um processo inflamatório ou infeccioso que afeta os labirintos, que são parte do sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio, postura e orientação do corpo, localizado no ouvido interno. O termo “labirintite” é comumente utilizado para designar todas as doenças do labirinto, embora sejam várias enfermidades que podem afetá-lo – estas devem ser chamadas de labirintopatias.
Os pacientes com labirintite costumam sentir tonturas e vertigens associadas ou não a náuseas, vômitos, sudorese, alterações gastrointestinais, desequilíbrio, zumbidos e audição diminuída.
Causas da labirintite
Mecanismos como infecções virais e bacterianas, alterações genéticas e tumores na região do labirinto podem estar envolvidos na ocorrência de crises de labirintite. Além disso, concentrações altas de colesterol LDL, triglicerídeos e ácido úrico no sangue podem comprometer o funcionamento das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo no cérebro e no labirinto, causando os desequilíbrios.
Doenças como diabetes, hipertensão e otite podem aumentar o risco de crises de labirintite, bem como a hipoglicemia. O consumo excessivo de café, álcool e cigarro também aumenta a possibilidade de desenvolvimento de labirintite. O uso de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios e antibióticos também pode desencadear crises.
Diagnóstico e tratamento
A avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são fundamentais para estabelecer o diagnóstico de labirintite. Exames como eletroencefalograma, eletronistagmografia, tomografia computadorizada da cabeça, e audiometria, ressonância magnética e testes labirínticos também são recomendados para diagnosticar o problema.
O tratamento da labirintite é definido de acordo com a identificação das causas de sua ocorrência. Trata-se de uma doença que implica a mudança de certos hábitos, como a redução do consumo de álcool, do tabagismo e da adoção de um regime alimentar balanceado, a fim de controlar taxas de colesterol e triglicerídeos. A prática de atividade física é encorajada.
O tratamento de labirintite costuma englobar três fases:
- Tratamento dos sintomas: a tontura é avaliada e são utilizados sedativos e, se necessário, é recomendado repouso. O tempo do tratamento depende da causa da doença e das particularidades de cada paciente – podem ser utilizados, por exemplo, antibióticos. A recuperação leva de uma a seis semanas;
- Tratamento da causa: o médico analisa fatores de risco (metabólicos, infecciosos, reumáticos e anatômicos) a fim de encontrar a causa do problema e propor soluções adequadas;
- Reabilitação do labirinto: trata-se da fase de tratamento fisioterápico da tontura, com ou sem o uso de medicamentos.
Ao portador de labirintite aguda ou crônica são feitas as seguintes recomendações:
- Não dirija ou suba escadas nem opere máquinas durante a crise;
- Evite o cigarro, o álcool e o excesso de cafeína;
- Pratique exercícios físicos
- Beba, no mínimo, dois litros de água por dia;
- Evite o estresse;
- Após a crise, e por pelo menos duas semanas, não se abaixe nem levante peso, mesmo que os sintomas tenham desaparecido;
- Durma pelo menos dez horas por noite nas primeiras semanas de tratamento;
- Evite movimentos bruscos ou mudanças bruscas de postura;
- Não se exponha a luzes brilhantes, televisão e leitura nas primeiras semanas.