Em meio a crises econômicas, violência, trânsito ruim, problemas familiares, limitações financeiras e outras questões que afetam a vida moderna, é comum sentir-se desmotivado. Mau humor, irritabilidade, ansiedade e mesmo depressão podem desencadear reações comportamentais agressivas e impulsivas diante de qualquer contrariedade.
Uma alternativa eficaz e natural para lidar com adversidades de maneira mais equilibrada é a prática de atividades físicas. Trata-se de um recurso que alivia a tensão e ajuda na manutenção do equilíbrio e da saúde mental.
A psicóloga da SERCON, Rayssa de Andrade, afirma que “de acordo com estudiosos, como Samulski e Noce, a prática de atividade física regular reduz os níveis de ansiedade, estresse e depressão, melhora o humor e o funcionamento orgânico geral e aumenta o bem-estar físico e psicológico”. Ainda segundo ela, a prática de exercícios pode também representar uma oportunidade de socialização e de motivação para a busca de novos prazeres.
O bem estar advindo da atividade física é causado pela liberação de hormônios como a endorfina e a dopamina, que propiciam um efeito tranquilizante e analgésico ao praticante. A dopamina motiva o indivíduo a agir em direção a metas, desejos e necessidades e proporciona uma onda de prazer. As endorfinas, por sua vez, ajudam a aliviar a ansiedade, o estresse e a depressão, causando alívio da tensão, satisfação e sensação de bem-estar físico e psíquico. “Após a liberação desses neurotransmissores, ocorre um efeito relaxante e, em geral, o praticante regular consegue manter-se num estado de equilíbrio psicossocial mais estável frente aos problemas do dia a dia”, afirma Rayssa.
A psicóloga alerta que, para obter os efeitos psicológicos esperados, são necessárias ação e disciplina. Ela observa que “o acesso está cada vez mais fácil, por causa da oferta de academias populares em praças públicas e pacotes promocionais em academias particulares”. “Quanto ao tempo, é preciso eleger prioridades. Você prioriza qualidade de vida? Buscar bem-estar, viver com alegria e entusiasmo, mesmo diante de estímulos negativos, é uma questão de escolha”, comenta.