O sistema respiratório é uma das partes do corpo humano mais expostas ao ambiente externo, atrás apenas da pele. A exposição constante a partículas, produtos químicos e organismos infecciosos pode ocasionar uma série de doenças, que estão entre as causas de morte mais comuns no mundo. E no ambiente de trabalho essa realidade não é diferente.
O relatório Impacto Global da Doença Respiratória, produzido pelo Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias, estima que 65 milhões de pessoas no mundo sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e cerca de três milhões morrem por ano em razão dela. Os números são ainda maiores quando se fala de infecções do trato respiratório, com 250 mil a 500 mil vítimas fatais anualmente. Além disso, 334 milhões de pessoas precisam lidar com a asma e 50 milhões lutam com doenças pulmonares ocupacionais.
Outro estudo, realizado na Universidade de Brasília, em 2009, mostrou que as doenças respiratórias eram uma das principais causas de incapacidade para o trabalho e de dias perdidos por licença médica. De acordo com as estimativas, os riscos laborais foram responsáveis por 13% dos casos de DPOC, 11% de asma e 9% de câncer de pulmão no mundo. Por isso, as empresas precisam monitorar os riscos presentes e minimizar os impactos para o trabalhador.
Isso é feito, principalmente, pelo Programa de Proteção Respiratória (PPR), do qual vamos tratar em detalhes em outro post do blog. Ele compreende um conjunto de medidas práticas e administrativas para controlar doenças ocupacionais causadas pela inalação de poeiras ou gases.
De forma geral, existem dois grupos de risco respiratórios: particulados, que englobam poeiras, fumos, partículas tóxicas e névoas; e químicos, representados por gases e vapores. Como eles podem ser facilmente inalados pelos trabalhadores, trazem consigo um potencial risco de intoxicação e de envenenamento. Cada atividade e substância exige uma análise individual para que sejam tomadas as medidas de segurança mais adequadas a cada caso.
Os Equipamentos de Proteção Individual são a última barreira de segurança do trabalhador e devem ser usados sempre que as medidas de proteção coletivas e de mitigação não forem eficientes para conter os riscos. Como todo EPI, o fornecimento e a manutenção são de responsabilidade exclusiva da empresa, cabendo a ela orientar os funcionários sobre como utilizá-los corretamente.
Os principais modelos para proteção respiratória são os respiradores, que podem ser faciais (para todo o rosto) ou semifaciais (apenas para a boca e o nariz). Dependendo do tipo de risco, eles podem ser isolantes – utilizando oxigênio de uma fonte externa, para que o trabalhador não inale o ar do ambiente – ou filtrantes. Os últimos são o mais comum e possuem dispositivos que filtram o ar e impedem a inalação de impurezas.
Esses filtros passam por um completo processo de verificação de qualidade, seguindo as especificações previstas nas normas NBR 13697:2010 e NBR 13698:2011. Para isso, são aferidos o nível de resistência à passagem do ar e à penetração de partículas. Existem dois modelos: os descartáveis e os que podem ser reaproveitados mediante manutenção, e ambos trazem recomendações específicas para cada atividade.
Sobre aqueles com isolamento, o PPR da Fundacentro recomenda que “todo usuário de respirador com vedação facial deve ser submetido a um ensaio de vedação para determinar se o respirador selecionado se ajusta bem ao seu rosto”.
Ninguém discorda que a prevenção é importante para todos, mas algumas profissões estão mais expostas a riscos para o sistema respiratório do que outras. A revista Health fez uma lista (em inglês) daquelas que exigem cuidados extras por parte das empresas e dos empregados:
Como o modo de contágio e os principais sintomas do novo coronavírus estão ligados ao sistema respiratório, é com ele que as empresas mais devem tomar cuidado nessa retomada das atividades. Para isso, a Fundacentro lançou a cartilha Proteção respiratória: orientações de uso frente à Covid-19, com recomendações de segurança para profissionais de saúde e para a população em geral. Consulte o material para ter mais informações sobre o assunto.
Leia também: Como a Sercon pode te ajudar contra a Covid-19
Empresas que operam em ambientes com riscos para o sistema respiratório dos funcionários precisam contar com um bom programa de Segurança e Saúde do Trabalho para assegurar o bem-estar de todos. A Sercon acumula quase 30 anos de atuação no mercado de SST e mantém uma equipe de profissionais habilitados para oferecer a melhor solução para a sua empresa e orientá-lo sobre o que fazer nessa situação. Entre em contato com a gente e veja como podemos te ajudar.