A importância do Outubro Rosa
O mês de outubro nem sempre foi rosa. O movimento relacionado à conscientização sobre o câncer de mama é recente, iniciado na década de 1980. Desde a sua criação, o objetivo segue o mesmo: conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
Para entender a história, porém, precisamos voltar alguns anos. A primeira vez que o câncer de mama começou a ser mostrado com mais destaque para a população foi em 1985, quando foi criado o National Breast Cancer Awareness Month (NBCAM), nos Estados Unidos. A ação foi uma iniciativa entre a divisão farmacêutica da Imperial Chemical Industries (fabricante de vários remédios anti-câncer de mama) e a Sociedade Americana do Câncer.
Os tão famosos laços cor-de-rosa surgiram alguns anos depois. A fundação Susan G. Komen for the Cure realizou a primeira Corrida pela Cura, em Nova Iorque. Os laços distribuídos no evento se tornaram tão emblemáticos que viraram o símbolo da campanha, usados para arrecadar dinheiro para as pesquisas e desenvolvimento tecnológico para tratar o câncer de mama. Em 1993, a vice-presidente sênior das empresas Estée Lauder, Evelyn Lauder, fundou a Breast Cancer Research Foundation e, como símbolo, adotou a fita rosa no evento.
Mas foi só em 1997 que as primeiras cidades norte-americanas começaram a se preocupar com a questão do câncer de mama. Os municípios de Yuba e Lodi criaram formas de estimular as ações de prevenção, chamando-as efetivamente de Outubro Rosa. Desde então, a ideia se espalhou pelo mundo.
No Brasil, o assunto foi abordado pela primeira vez em 2002, quando o Mausoléu do Soldado Constitucionalista, em São Paulo, foi iluminado de rosa durante um breve período. Em 2010, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes (Inca) participou do movimento pela primeira vez, promovendo espaços de discussão sobre o câncer de mama e divulgando materiais informativos para os profissionais de saúde e para a população em geral.
Importância da prevenção
O Inca aponta que o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres mineiras. Estima-se que 5.160 novos casos sejam registrados somente este ano.
Além disso, o Instituto aponta que 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com a adoção de hábitos mais saudáveis no dia a dia. Praticar atividades físicas com regularidade, manter o peso corporal dentro da faixa adequada, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, amamentar enquanto for necessário para o seu bebê e manter uma alimentação saudável são algumas das dicas apontadas pelo Instituto. Para saber mais detalhes, consulte a nossa matéria sobre o assunto.
Além desse trabalho de prevenção, as chances de sucesso no tratamento do câncer de mama aumentam se o diagnóstico for realizado nas fases iniciais. Mulheres de todas as idades precisam conhecer bem seu corpo para identificar qualquer anormalidade que possa surgir nas mamas. Os médicos recomendam que, a partir dos 40 anos, sejam feitos exames preventivos a cada dois anos. Se houver histórico na família, é preciso conversar com o médico para avaliar qual procedimento será seguido, pois nesses casos o acompanhamento precisa começar antes e ser mais frequente.
Se você deseja saber mais sobre esse tema, o Inca possui uma cartilha intitulada Câncer de Mama: vamos falar sobre isso?. Acesse e se informe!