Minas Gerais está em alerta. Os casos de dengue registrados no primeiro trimestre deste ano já superaram os do mesmo período de 2010, ano em que foi registrada a terceira maior epidemia do Estado. De acordo com o Boletim Epidemiológico lançado pela Secretaria de Saúde em 15 de abril, são 121.699 casos prováveis, com 14 óbitos confirmados e 48 ainda em investigação. Os números só não são piores do que as duas epidemias mais recentes, de 2013 e 2016.
Além de ser um dos principais problemas de saúde pública no país, os casos de dengue também afetam as empresas. De acordo com uma pesquisa da empresa de consultoria Gesto Saúde e Tecnologia, a doença foi a quinta causa de afastamentos do trabalho em grandes companhias em 2015. Com a multiplicação dos casos este ano, é possível que um impacto seja novamente identificado. Postos de saúde de Belo Horizonte, por exemplo, têm ficado abertos para desafogar as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), que registram um aumento de 40% na demanda em razão das suspeitas de dengue.
Por isso, as empresa devem contribuir para a prevenção, seja cuidando do próprio ambiente interno ou criando estratégias para evitar a disseminação da doença.
A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou grave – podendo até mesmo levar à morte. Por seu primeiro sintoma ser febre alta, de início abrupto, às vezes é difícil diferenciá-la de outras doenças. Caso o quadro permaneça por mais de dois dias, é preciso averiguar. A febre também pode vir acompanhada de:
Em casos mais graves, também podem surgir dores abdominais intensas e contínuas, vômitos persistentes e sangramento das mucosas. O diagnóstico é clínico, confirmado por exames laboratoriais de sorologia, biologia molecular e isolamento viral – todos disponíveis pelo SUS.
Não há dispositivos legais que atribuam dolo à empresa caso um funcionário contraia dengue em suas dependências. A Norma Regulamentadora 7 (NR 7) determina apenas que a companhia é responsável por prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho. Há casos, porém, que ultrapassam as questões trabalhistas e se tornam uma situação de bem-estar coletivo. A luta contra a dengue é uma delas.
Para evitar os focos de proliferação do Aedes aegypti, os cuidados são muito parecidos com os que devem ser seguidos em casa. O que muda, nesse caso, é apenas a escala.
Seguindo essas dicas, a empresa faz sua parte para prevenir a doença. Mas combater a dengue é um esforço coletivo, então todos precisam ficar atentos a possíveis criadouros de mosquitos. Caso surjam os primeiros sintomas, procure um médico.